poesia de bailarina

apóie seus pés cansados, louvados no chão,
para parecer ser normal.
Na verdade a dança de seus movimentos
é a primeira etapa para alçar voo.
Como o preparo do rasante e majestoso
voo dos ventos, dos sonhos e dos pássaros.

baila, baila, bailarina,
com seus giros de princesa
e seu olhar de menina.

Coloque sobre seus dedos suados, machucados,
na esperança do ritmo preciso e do ato perfeito.
Exibe submerso no pó de gesso
todo seu gingado de donzela, que colore nosso olhar.

samba, samba, bailarina
com seu molejo de moleca
e seu vibrar de menina

Vai! Segura firme, não enfraqueça.
Lembra do par e sê forte, sê rocha!
Firme. Ser lítico precisa ser.

Canta, canta, bailarina
com sua voz macia, Maria
e o suspirar de menina

Vai no Jazz dos seus pés.
Pra que regra de compasso?
Vai na maneira da vida,
No levar do vento.

Voa, voa, Bailarina
com as asas nos pés
ziguezagueando,
como menina.

2 comentários:

Patrícia Azevedo disse...

lindo poema *-*
gostei de verdade,
parabéns!

Unknown disse...

gracinha da homenagem... te adoro, tião!