um cosmopolitano atrapalhado

Tanto tempo refletido em sensações de amor e de compreensão
de muitos sorrisos compactados em pequenas porções de versos
de pensamentos cor de paixão, dizeres com tons de amor eterno.
havia uma espera banhada com um choro solto,
mas logo tudo foi convertido numa certeza honesta
e numa ligação com o Supremo, dando fôlego aos mergulhadores
do vasto amor dos abraços

foram dois mundos convergindo num mesmo cosmo
e circulando o grande e eterno Sol.
uma sincronia não física, uma vibração
que transpunha pedidos mútuos e comuns
sem barreiras, sem medos.

o longo e insaciável desejo de estar perto,
alguns olhares presenciais, outras vezes, um abraço.
e um beijo eterno rondava meus lábios,
uma eternidade vinda pelo amor crucificado,
veio certificando da certeza do que sinto,
uma pureza interna e um sorriso que alivia os incautos da vida.

és da cor humana, da aquarela mundana,
mas transmite ao meu olhar poético uma tonalidade inexistente
uma mistura de milagre e de repostas as clemências.
Orações de pedidos, de desesperos desnecessários,
à um Deus atento que nunca dormi e uma reposta num tempo áureo.
Tanto clamei, que logo me silenciei
mesmo pensando que não agüentaria tanta solidão.
mas a chuva torrente se converteu em frescor,
a seca em um campo cheio de verde, cheio de vida
e minha solidão, tão eterna aos meus olhos,
se converteu em uma companhia, uma amiga.
Minha reposta é como um sol brilhante,
como um nuvem carregada de coisas boas.
e assim meu pequeno planeta, ínfimo perante a galáxia de Deus,
foi sugado pela explosão do amor
fui mudado, fui fundido
isso é ínfimo, eu sei, e tudo isso é vaidade,
mas é intenso, é real.