tag:blogger.com,1999:blog-30669817852255321612024-03-19T01:27:55.687-07:00defélixdefélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.comBlogger104125tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-66638143785566844712011-12-03T05:48:00.001-08:002011-12-03T05:48:44.794-08:00soslaio comunistaisto é um utópico manifesto<br />proposto internamente dentro de mim<br />em um mundo onde o lucro<br />vale mais que pão.<br />pão vale mais que sangue.<br /><br />cortaram a artéria liberdade<br />e injetaram torrentes, frequentes<br />de ficção comercial.<br />cultura de proles, de massas,<br />enjaulado pelo desejo.<br />a concupisciência do lucro,<br />lúxuria com capital.<br /><br />trabalho migalhado em doze.<br />obrigação oculta de quadruplicar,<br />enchendo as taças de cristal.<br />vós, proletariados, descartem<br />copos de plásticos, finos<br />como folha seca de roseira,<br />para saciar a sede,<br />entre processos de exaustão.<br /><br />desgraça, cegueira imbecil.<br />decadentes comunidades.<br /><br />Já temos nojo do comum.<br />o individual é exaltado.<br />Amor de um só<br />egoísmo, narcisismo.<br />nepotismo mundano.<br />mergulho eterno<br />em um querer únicodefélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-32332049733385168412011-06-24T11:39:00.001-07:002011-07-25T13:45:12.249-07:00missão<div>foi caminhando,<br />com os pés calçados.<br />por pouco tempo.<br />a sola de seu sapato logo desfaleceria<br />e seu corpo pediria arrego.<br />não se importava com seu corpo<br />mas com nossas almas.<br /><br />Ouviu seis bilhões de vozes<br />e cada uma dizia, clamava,<br />rogava, gritava, reclava.<br />entre atender a cada um<br />escolheu atender a todos.<br /><br />sentiam o calor da areia,<br />em seus pés machucados e descalços,<br />em seus joelhos doloridos e no chão.<br /><br />dia, tarde, noite.<br />oração e tentação.<br />nossas vozes, nossas sussuros,<br />nossos gritos.<br /><br />o frio acompanhava-o.<br />maltrapilho, malvestido.<br />bilhões de pedras<br />prontas para lhe apedrejar.<br />minha mão estava estendida.<br />injustiça.<br />ele foi a meu encontro,<br />e mesmo com o perigo<br />baixou meus braços<br />e estendeu os seus<br />em forma de uma cruz.<br /><br />pedras se transformaram.<br />pregos, lanças, vinagre.<br />e cada um de nós gritou e<br />soltou Barabás.<br />pediu perdão por nós. por nós.<br />virou sua face e morreu.<br /><br />eu o matei.<br />morreu por mim.<br /><br />sua liberdade me mostrou<br />me dando-a livremente.<br />sem paga, sem custo.<br />hoje levanto minhas mãos<br />e quando canso me sustenta.<br />juntos, eu e Ele, louvamos<br />Suas maravilhas.<br /><br />sou o pé de Cristo,<br />devo andar.<br />você é a mão de Cristo,<br />deve-se estender.<br />nós somos o corpo de Cristo<br />devemos nos mover.<br /><br />devemos ser a face de Cristo<br />e resplandecer.</div><br />defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-33132887121312988282011-06-24T11:35:00.000-07:002011-07-06T20:17:56.896-07:00cappuccino<span >o calor chegou<br />espalhou-se.<br />gradativamente foi<br />colorindo cenários tão belos.<br />como se fosse um cortina a se abrir,<br />ou melhor, a se desfazer e,<br />subitamente, sumir.<br /><br />ficou, rodeado, como<br />um painel cinematográfico<br />com frases absolutas.<br />aos poucos o calor cessava<br />e o marron-saudade<br />voltava se mantendo.<br /><br />trouxe lembranças agradáveis.<br />memórias tão gostosas.<br />o peito sentiu uma vontade.<br />os olhos sentiram também.<br />as mãos logo esfriaram,<br />queriam ser aquecidas<br />pelo calor de querer bem.</span>defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-67535329525885423822010-11-03T16:14:00.000-07:002010-11-03T16:15:58.075-07:00ironicamente irmãosJovens dançavam no ônibus em movimento.<br />Logo a frente via-se uma ponte.<br />Ponte sobre trilhos do trem.<br />De onde vinha aquela máquina?<br />E para onde iria o veículo<br />cheio de sonhos e sonos?<br />O ônibus seguia o planejamento,<br />soltava uma linha invisível<br />de combustão finada.<br />Dentro dele vários pensamentos sem vínculo.<br />Juventude transviada e viciada.<br />Na margem daquela ponte<br />de concreto forte, como o orgulho,<br />um jovem admirava o brilho<br />metálico dos trilhos. Em sua mente<br />uma antiga convicção de morte.<br />Queria terminar com seus sonhos<br />e não tinha esperança pós morte.<br />Queria ser análogo aos cães.<br />Sofreu e deu amor,<br />mas não quiseram o amar,<br />preferiram o ver se entregar<br />a miséria sentimental.<br />Onde estão os valores? Pensava.<br />E de tanto pensar chegou<br />convicto à idéia de finados.<br />Estava lá imóvel a espera da hora certa.<br />Seu coração não queria mais sentir,<br />apenas pulsar em seu ritmo acelerado.<br />Olhou em volta sentiu na pele<br />o vento veloz trazido pelo ônibus<br />cortando-o como uma navalha de gelo,<br />mas, sem o coração pra sentir<br />não sofria o impacto, apenas imaginava.<br />Os risos escandalosos dos jovens<br />dentro do ônibus, o impulsionaram ao precipício.<br />Restou frases na cabeça partida sobre os trilhos,<br />palavras escorriam como sangue.<br />Dizia assim a desgraça expostas:<br />Como não se compadeceram de mim?<br />Eu aqui sofrendo, posto ao fim<br />Já eles apenas preocupados com o tempo,<br />a velocidade e a quantidade de álcool<br />que ainda dispunham.<br />Mesmo assim pai, eu os considero irmãos.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-70501824350199026502010-10-20T06:13:00.000-07:002010-10-20T06:15:13.340-07:00raros encontros de sol e arQuando sua face esquerda<br />deitou no meu ombro direito,<br />meu coração, de ambos os lados, lhe dei.<br /><br />Quando sua mão esquerda<br />entrelaçou com minha mãe direita,<br />minha paixão, em ebulição, lhe mostrei.<br /><br />Seu toque meigo<br />encontra a metade do meu eu,<br />fundo, dentro de mim.<br /><br />já não precisamos de muitas palavras,<br />apenas olhares sinceros e ocasionais<br />para viajarmos para nosso mundo.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-46866215253501139092010-09-04T21:51:00.000-07:002010-09-04T22:06:07.402-07:00opróbrio do passado fresco - parte 1<div style="text-align: justify;">Pra mim foi complicado ‘tentar’ me criticar - no sentido mais penoso da palavra - e concluir que tudo que fiz foi não ter força ou coragem pra agir. Não uma ação utópica, radical, mas apenas uma ação coerente com aquilo o que disse, ou no caso do texto, com o que escrevi. Desde já lhe peço desculpas pelo que venho escrevendo, não pelos poemas – poemas são pessoais e, pra mim não tem peso político ou revolucionário, unicamente são coisas que desejo escrever, algo visceral -, e sim por todos os textos com peso esperançoso em mudanças pessoais ou universais. Fui covarde, em todos os sentidos, comigo mesmo e conseqüentemente com quem leu. E quero agora tentar reaver o tempo perdido ou talvez acrescentar alguns minutos nesse tempo.<br />As palavras aceitam tudo. De vômitos verbais a ignomínias literais. Não que haja problema em escrever ou expor algo. A meu ver, constitui um problema quando insultamos o sentido real das coisas e criamos textos de protesto totalmente ficcionais, nada tendo de verdade e sim tudo tendo daquilo que pensamos ser o melhor, o correto. Afinal de contas para cada gênero literário há um padrão invisível estipulado para caracterizá-lo. O problema é que esses padrões de orientação se perdem em meio a tantas confusões. Exemplo: a Ficção vem demonstrar algo meramente irreal em seu tempo, buscando uma viagem para um lugar criado, desenvolvido e propositalmente escrito, já o conto relata algo do cotidiano trazendo detalhes que prende o leitor para acompanhar o desfecho e reagir de alguma maneira. E os textos de protesto, de indignação, de insatisfação, tão presentes na blogosfera, pra que servem? Essa é uma pergunta que deveria estar nos pensamentos daqueles que fazem como eu. E a resposta é simples, basta entender o verbo que classifica esse gênero: protesto.<br />Pra que eu escrevo e exponho protestos? Eu posso te listar várias desculpas que eu iria dar tentando dizer que é uma razão, mas já adianto, não é. A primeira que é necessário desenvolver meu método de escrita, preciso disso, gosto disso. Bom, mas para fazer isso não é necessário encobrir o texto com valores morais às vezes desconhecidos ou mesmo, tentar mostrar que o mundo é sem ética e somos do mundo. Certo, disso podemos tirar uma conclusão lógica, eu também sou sem ética. E pra que serviu meu treino? Pra admitir, inconscientemente, que tudo que fiz não passou de tempo perdido, de um abraço no vento.<br />Talvez esteja pensando: “Que idiota falar disso”, ai te digo com prazer: “Hora alguma de forcei a ler”. A partir dessa frase continue quem tiver vontade, quem não quiser que vá ler outras coisas, o importante é ler, pois talvez você chegue a pensar no que eu penso: que as letras expostas possuem força, poder, mágica e graça, e não foram criadas para serem despejadas como forma de alimentar nosso ego. Não que isso seja uma verdade incondicional, é apenas o que penso. Pra quem continua meus sinceros pêsames, afinal não vai ser fácil entender meu monólogo.<br />Outra desculpa é que talvez se tivesse poder faria desse mundo um lugar melhor. Meros sonhos. Já me entristeço por tocar sua caixa de ultra-realidade. “Sem sonhos a vida é sem graça”. Bravo e que bom que chegamos até aqui. Sonhar, isso é bom não acha? Ou melhor, é uma das virtudes humanas. Porém os sonhos devem ser mensuráveis ou tentados, abusados, incitados, senão se tornam parte de um passado esquecido, afinal a memória é volátil.<br />Protestar, apenas, em texto é como gritar em silencio. Agir sem base, rumo ou crença é como atirar vendado. Há uma intensa ligação entre a ação protestante e a teoria de protesto. Corrigindo, deveria ter. O que vemos são intensas maiorias vendo um mundo de uma ótica fosca e tentando descrevê-lo com o máximo de sensacionalismo buscando impressionar e encher os olhos do leitor. Talvez eu faça isso e quero não fazer. Há uma legião de leigos acompanhando as pessoas e suas relações para compor antologias sociais em seus impecáveis blogs. Talvez você seja um conhecedor dessas relações e tente explicá-las, nesse caso desconsidere o que falo. Falo mesmo é pra mim que sou ignorante, de um modo geral. Termos como, dar murro em ponta de faca, fazer castelo de arreia na maré alta, seja uma boa ilustração para tudo isso. Pura futilidade. Talvez suas palavras me toquem e não tocam você. Perca de tempo mais uma vez. Isso que hoje tanto te indigna foi o estopim para muitas revoluções, não apenas teóricas, mas, sobretudo práticas.<br />Não discordo de pensar que é mais fácil criticar meu colega do que pensar que eu sou meramente mais um desses. Não que eles sejam diabólicos. Mas se isso tanto me atinge, a ponto de protestar ao mundo, por que não faço algo? Por que não me mexo? Seria para ter o que criticar amanhã? Ou pra fazer de mim um semideus e deles, meus criticados, meros seres humanos? Você tem pré-conceitos quando escreve e quando vive se cala. Palavra sem voz é palavra perdida. E essa voz da frase anterior não é apenas sonora e sim algo que impulsiona o cumprimento do comprometimento solene, do protesto feito. Descontente comigo mesmo. Talvez um dia – por mais lúdico que pareça – alguns prefiram andar pelas ruas de cabeça erguida e braço estendido, do que caminhar cabisbaixo em busca de mazelas humanas. Não preciso analisar a sociedade para me revoltar, basta apenas me observar. E se o mundo é assim a culpa é minha.</div>defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-74598531615271667652010-09-01T05:32:00.000-07:002010-09-01T05:36:55.423-07:00haikai saudosoo barco com a saudade partiu<br />e não deixou saudades, pois,<br />ela estava a bordo.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-2396430867439273022010-08-26T07:57:00.000-07:002010-08-26T07:58:31.924-07:00rabiscandomeus versos não são tão apreciáveis.<br />não possuem os sabores dos gênios, nem<br />não são tateados com os dedos divinos.<br />são rotineiros, mas sem a magia verbal<br />ora extensos, como uma volta à terra,<br />ora curtos, como o percurso dos segundos.<br />às vezes, vejo-me em meus escritos<br />em outras ocasiões repudio-os.<br />inevitavelmente criei um vínculo<br />com meus poemas.<br />uma intimidade transcendente ao normal<br />uma relação própria de<br />guerra e paz<br />pranto e gargalhadas.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-28238039532083413862010-08-17T09:45:00.000-07:002010-08-17T09:53:26.321-07:00ensaio sobre a saudadeLutar contra o tempo era a única saída. Tentar se culpar era o que mais fazia. Tratava-se como se o tempo fosse escutar suas inquietações. Mau humor, estranheza frequente. Mas aos poucos toda sensatez ia retomando seu posto, como um soldado em ensaio militar. Hospedava na memória retalhos e vestígios de encontros fragmentados por doses de interferência e lapsos de confiança. O hospede o atentava - não atentado de terror e sim atentado de doçura e descanso -. O atentado doce como mel era também parasita e viajante. Saia e se alojava no esquecimento. De lá com frequência partia rumo à lembrança, porém, permanecia pouco tempo. Tentava transformar o mutável em constante. Seus sentimentos borbulhavam como água em chamas. Seus olhos pediam a face daquela que o aproximou das virtudes da paixão e o distanciou dos legados de ser só. Sua boca ainda esperava um toque de leveza e pureza dessa que era como uma extensão de si mesmo. O desejo era tão ávido e forte, tão claro que se assemelhava a rajadas de luz soltas de um farol velho e descontrolado. Era forte, embora seus anseios o impactassem como um tanque de guerra em intenso guerrear. Feliz era sim, porém, a probabilidade de ter um melhor momento o trazia a tristeza. Tristeza de um espaço não preenchido ou uma vaga mal posta. Uma dose de calor ou uma pitada de presença seria a gratificação das lapadas súbitas do tempo. Eram açoites de saudade. Eram desgastes da vontade. Quase impenetrável, a barreira do tempo, do espaço, da saudade e da vontade que impedia o jorrar da paixão. Mas, felizmente, prevalecia o simples amor, que não é vulnerável, nem estagnado. Concluiu novamente que a esperança invariável, a fé inabalável e o amor inexplicável eram indestrutíveis e dentre todos esses o amor é soberano.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-45985832772168858542010-08-13T12:18:00.000-07:002010-08-13T12:19:48.730-07:00resoluções inconcretasresolvi pensar nas coisas distintamente<br />colhendo o mal de cada dia,<br />gozando o bem de cada benção.<br />dividir os pensamentos por momentos<br />não apresar, não surtar<br />ser ameno brando suave.<br /><br />viver o presente e - se possível-<br />estar presente.<br />resolvi segurar a bandeira<br />levar a canseira<br />e seguir te amando.<br />mesmo que a opacidade<br />mantenha minha visão fraca<br />sei que no final <br />entoarei mais alto que<br />o grito da solidão<br /><br />que prensar em ti<br />transcenda a distinção.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-64891642612935815392010-08-03T13:01:00.000-07:002010-08-03T13:02:06.766-07:00alma musicaljá nascemos com música<br />entalhada visceralmente<br />bem no cerne, bem na alma.<br />soa no ar alguma melodia<br />os pés palpitam,<br />as mãos balançam,<br />as orelhas arrebitam.<br />ouça o compasso já decorado<br />acompanhe o ritmo decifrado<br />um dois, dois um,<br />dois um, um dois<br />tantas ondas, tantos tons<br />só resta emitir do peito<br />comparar a balada e inalar<br />o íntimo da canção.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-54644575161873124362010-07-31T05:51:00.000-07:002010-07-31T05:58:50.039-07:00percurso afávelquando lhe vier versos em mente<br />não tarde ou atrase em escrevê-los<br />eles fogem como águas nas mãos <br />são rebeldes e libertários ...<br />eu sempre luto com os meus<br />tento discipliná-los e ensinar<br />minhas políticas e tratados.<br />mas eles veem minhas mazelas<br />e estampam em minha face:<br />como um líder sem escrúpulos<br />pode governar as palavras?<br />então desisto e volto descontente<br />mas logos vêm eles arrependidos<br />e me mostrar um mundo lúdico e encantador<br />me apaixono novamente e eles saem felizes <br />e estampam em minha mente.<br />mas minhas facetas são tantas ..<br />e logo me pego a sofrer<br />e eles se perguntam por que?<br />também não sei.<br />e eles desistem das respostas<br />e tentam apenas me agradar<br />me levam em um patamar além daqui<br />me transportam para novos mundos<br />onde a saudade é inspiração<br />onde a solidão não existe<br />onde o sofrimento não atina<br />no complexo e indescritível<br />reino das palavrasdefélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-85861195287224665432010-07-07T14:53:00.000-07:002010-07-07T15:15:47.046-07:00o homem e o dutoO que vejo são dutos. Dutos tapados.<br />Impregnados de cimento da ilusão e<br />Revertidos de uma falsa decoração inconsequente.<br /><br />De um lado um homem mórbido e de pé,<br />semelhante as suas esperanças.<br />Homem de senso, mas visto como sem sentido.<br /><br />Vejam seu olhar fito na entrada.<br />No que será que pensa?<br />Há ainda chances de não converter<br />seu momento diante do duto em banalidades, <br />como fez com tantos planos que fizera.<br /><br />Resta tempo, falta coragem,<br />sobre-lhe muitos pensamentos.<br /><br />Do outro lado o que se tem <br />é um vago, um nada, uma escuridão.<br />Imaginações e sonhos só ousam<br />habitar ali quando são orientados<br />pela lógica ou pela realidade.<br /><br />E a cima da visão do homem e do duto<br />há uma fé sem condições tão clamada<br />a qual permanece estática, apenas<br />traduzindo choro e tristeza<br />em contentamento e ânsia <br />por verões mais contentes.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-3389044102843459622010-06-07T07:35:00.000-07:002010-06-07T07:43:30.824-07:00apatia incômodae quando a apatia vier<br />se esconda nas lembranças<br />vislumbre com os olhos da fé.<br />afinal o futuro próximo é incerto<br />mas a esperança é doce.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-6180986464089706992010-05-29T20:43:00.000-07:002010-05-29T20:49:07.900-07:00pessoaPor fora um sorriso alavancado,<br />por dentro um semblante arriado.<br />e vice-versa.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-39082535086139364952010-05-17T20:53:00.000-07:002010-05-17T20:57:09.489-07:00um cosmopolitano atrapalhadoTanto tempo refletido em sensações de amor e de compreensão <br />de muitos sorrisos compactados em pequenas porções de versos <br />de pensamentos cor de paixão, dizeres com tons de amor eterno. <br />havia uma espera banhada com um choro solto,<br />mas logo tudo foi convertido numa certeza honesta <br />e numa ligação com o Supremo, dando fôlego aos mergulhadores <br />do vasto amor dos abraços<br /><br />foram dois mundos convergindo num mesmo cosmo <br />e circulando o grande e eterno Sol. <br />uma sincronia não física, uma vibração <br />que transpunha pedidos mútuos e comuns <br />sem barreiras, sem medos. <br /><br />o longo e insaciável desejo de estar perto, <br />alguns olhares presenciais, outras vezes, um abraço. <br />e um beijo eterno rondava meus lábios, <br />uma eternidade vinda pelo amor crucificado, <br />veio certificando da certeza do que sinto,<br />uma pureza interna e um sorriso que alivia os incautos da vida. <br /><br />és da cor humana, da aquarela mundana, <br />mas transmite ao meu olhar poético uma tonalidade inexistente <br />uma mistura de milagre e de repostas as clemências. <br />Orações de pedidos, de desesperos desnecessários, <br />à um Deus atento que nunca dormi e uma reposta num tempo áureo.<br />Tanto clamei, que logo me silenciei <br />mesmo pensando que não agüentaria tanta solidão.<br />mas a chuva torrente se converteu em frescor,<br />a seca em um campo cheio de verde, cheio de vida <br />e minha solidão, tão eterna aos meus olhos,<br />se converteu em uma companhia, uma amiga.<br />Minha reposta é como um sol brilhante, <br />como um nuvem carregada de coisas boas. <br />e assim meu pequeno planeta, ínfimo perante a galáxia de Deus, <br />foi sugado pela explosão do amor <br />fui mudado, fui fundido <br />isso é ínfimo, eu sei, e tudo isso é vaidade, <br />mas é intenso, é real.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-66287235332460067692010-04-29T20:09:00.000-07:002010-05-02T10:23:10.008-07:00as vezes a verdade dói.<blockquote>Realidade. Discurtir filosofia, o cosmo, enquanto muito morrem sem ter o que discutir. Morrem calados, morrem atados com as cordas do NOSSO descaso. E muitos irão ler isso, e ficaram chocados, mas ninguém vive de dó e sim de pão e ação. Voltar a rotina sem refletir sobre isso, vai ser a reação da maioria. Rir de uma piada, tomar um sorvete ... Mas os nossos irmãos morrem sozinhos, afinal o egoísmo humano quer uma vida individual. E o abutre da vida, espera a sua comida, não porque ele é satânico ou cruel mas porque NÓS os entregamos a morte. Deus não aceita esse holocausto.</blockquote>defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-28019263647007673032010-04-06T11:16:00.000-07:002010-04-06T11:38:17.053-07:00culto à velhicedepois de caminhar<br />na extensa e intensa vida,<br />estava ele olhando<br />tudo de cima pra baixo. <br />Sinal de referência ao tempo,<br />e de atenção aos detalhes.<br /><br />Ao longe vestígios de tristeza<br />de perto certeza de vigor milenar<br /><br />Nas mãos sacolas com pães<br />sem nenhuma história,<br />e dedos castigados<br />com a enxada na terra<br />com o suor no rosto<br /><br />Seus pensamentos outrora<br />tão vagantes, agora se focam<br />no badalar pesado dos sinos<br />no silêncio desesperador dos ponteiros<br /><br />Pensou tanto na morte<br />que se acostumou com ela.<br />Era uma certeza<br />que ele queria questionar.<br />Mas não podia.<br /><br />A solidão era barrada<br />com o som dos pássaros<br />com o balançar dos ventos<br />Esses tais que nós,<br />iniciantes da vida,<br />nem vemos atuardefélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-25841740803118967702010-03-11T06:42:00.000-08:002010-03-11T06:46:03.913-08:00compassos largosUm clarão diferente<br />sobreveio minha vida.<br />Um lapso de metamorfose;<br />algo como uma quebra.<br />Ou mesmo um estrondo.<br />De um vendaval sobrecarregado<br />de condições e critérios<br />veio um vazio doentio,<br />um pensamento indiferente.<br />Mutável me tornei.<br />Uma fumaça de vozes,<br />que dizem tudo para eles mesmos<br />mas não dizem nada para mim,<br />me atormenta e me pressiona.<br />Insano, insensato, insolúvel,<br />esse pensamento me dominava<br />Meu ser foi sendo acobertado<br />pela fantasia do comum.<br />Mas logo me sobreveio<br />a remanescente esperança<br />de paz e gozo.<br /><br />virei um defensor<br />de causas próprias.<br />um pensador <br />pelo bem comum.<br />um egoísta relaxado,<br />um comunista da vida.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-3846501750222715272010-02-25T20:32:00.000-08:002010-02-25T20:41:15.860-08:00vestígios de um tempoUm estado de angústia,<br />Um sentido de estagnação total.<br />Uma perca de cor,<br />Um momento cor âmbar,<br />Uma vida acinzentada.<br />Uma preguiça desumana,<br />Que pra compor esse verso<br />guerreei com minha complexa<br />convicção.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-68989267568750052422010-02-12T16:28:00.000-08:002010-02-12T16:40:23.541-08:00Poema vividoII - Decreto amargo<br /><br />Uma notícia chegou.<br />Num relapso acordei.<br />Estava lá um recado digital.<br />Peguei logo e li,<br />madrugada ainda.<br />Acordei me pus de joelho. <br />Falei com Deus, pedi ajuda.<br />Voltei a dormir, <br />nenhuma notícia nova,<br />preocupações buliam<br />minha mente.<br />Me peguei fraco a olhar <br />sua foto tão bonita,<br />seu olhar tão distante.<br />Agora um decreto baixou <br />sobre esse amor.<br />Um pedido invertido,<br />algo como: não ame mais,<br />esquece é rebento ainda.<br />Mas quem disse que amor <br />tem idade. Já era bem velho.<br />E já amara muito quando <br />ainda era novo. <br />E quem disse que amor<br />era fase, estava solitário.<br />O amor não tem tempo,<br />O amor não tem fase.<br />Paixão sim.Pode ter.<br />Mas amor, não.<br />Amor como um vínculo de perfeição,<br />um sentimento, um ato,<br />uma ação, algo descontrolado,<br />algo de vem de dentro,<br />uma espécie de anestesia<br />pra suportar a camuflagem barata<br />que o mundo chama de alegria.<br />O decreto vigorava<br />quando recebi novas noticias.<br />Me notificaram de tal lei.<br />Não tive reação. Como reagir? <br />Se nunca havia passado por isso.<br />Criei uma reação pra expressar tudo aquilo.<br />Senti medo. <br />Medo de ficar sem amor.<br />Mas logo calculei, pesei, equilibrei.<br />Amor nunca acaba já disse as escrituras.<br />Então, pra quê medo?<br />Troquei a reação.<br />Sentia esperança.<br />Pra que tudo desse certo.<br />Mas logo pensei claro que vai da certo.<br />Tudo crê, tudo suporta, repetiu<br />meu intelecto embasado no decreto puro.<br />Troquei a reação.<br />Tive tristeza.<br />Por saber que era difícil agüentar.<br />E logo me veio um consolo:<br />um trabalho bem feito.<br />Mas o amor proibido sempre <br />remexia minha mente.<br />Orei novamente, pedi novamente.<br />Agradeci dessa vez, sabendo que Ele iria resolver.<br />E vai. Troquei a reação.<br />Confiança, Convicção, Fé.<br />Esses não foram mais trocados,<br />permanecem sem esmorecer.<br />Desnecessário o decreto.<br />Onze meses de amadurecimento,<br />tudo bem encaminhado, uma raiz nascida <br />de uma semente pura, uma semente cuidada.<br />Todo o cuidado, pra saber que não posso<br />mais regrar o meu jardim.<br />Mas Deus mandará chuva.<br />E logo quando voltar a seca<br />estarei lá com o Habeas Corpus eterno<br />pronto pra regrar minha flor.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-10755031234311247772010-02-09T07:28:00.000-08:002010-02-09T07:33:22.849-08:00maldito que as vezes sourecebeu de um desconhecido<br />uma pancada dessas bem fortes,<br />pequena fisicamente mas<br />forte em vontade,<br />não suportou a dor do choque.<br />Ficou a tentar sair da angústia,<br />de uma chaga não prevista.<br />Seus pensamentos foram abalados<br />com o impacto físico inesperado.<br />Logo pôs-se a circular em volta<br />de si, em volta da amnésia.<br />Suas patas doidas tentavam <br />encontrar força na esperança,<br />porém, o cérebro não resistirá<br />a forte convicção da razão.<br />Foi seguindo numa imensidão branca,<br />como um chão congelado<br />ora em linha reta, num lapso de sensatez<br />ora em círculo, como um reflexo da desgraça<br />ora sobre seu corpo sem peso, como uma resposta epilética.<br /><br />Foi e perdeu-se de vista.<br />Embora eu ainda insista,<br />em ser o desconhecido.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-6988613611599780962010-02-04T11:13:00.001-08:002010-02-04T11:14:44.683-08:00poeta autodidataRepresento por esse manifesto,<br />uma forma de dizer a que vim.<br />Bom, caro leitor desse aglomerado<br />de versos e ritmos que tanto me faz feliz,<br />quero lhe expressar, sem receios,<br />o que sinto na harmonia poética<br />anexa a tudo e a todos<br />numa frenética sincronia de<br />ações, movimentos e reações.<br />Sei que, indevidamente,<br />relato nos meus escritos,<br />alguém que passa sem deixar traços<br /> pra maioria sonolenta. Eles não percebem <br />o valor poético de cada um, <br />porém a vida ensina que extrair disso um verso,<br />traz um marca extensa pra vida toda.<br /> Sei que a complexidade de uma inspiração, <br />vai além do que digo, porém, meio que <br />de soslaio intelectual faço desse achado<br />uma forma de me firmar como um <br />telespectador da vida e um aprendiz eterno.<br />Mestres existem com seus papeis <br />rabiscados de dedicação ou com ações poéticas sem tinta.<br />Esses mestres, embora desconhecidos,<br />fazem de mim um aspirante a tal ato.<br />Sei que nem chego aos pés de tais<br />ou mesmo de desatar as sandálias<br />de alguns.<br />Embora uns sejam mestres, não são dignos<br />de tamanha relevância e humilhação,<br />porém outros exigem um fator de extremo<br />agradecimento e uma eterna gratidão. <br />Logo me vejo refletir em seus pôsteres gigantes<br />meu retrato três por quatro.<br />Quem sabe eu, em um dia de uma estação qualquer,<br />seja um porta retrato de tamanho maior,<br />e de um simplicidade a tocar o mundo com verbos.<br />Quero caminhar. E se sofrer, serei como o infortunado cão,<br />sempre atento e sempre amante da vida,<br />e se me alegrar, vou me encontrar depois das 5:30 <br />com o amor eternizado no verbo que criei.<br />Quero ter fé, fé na vida, na verdade,<br />no caminho, nas veredas, nos desertos,<br />em mim mesmo, em Deus. <br /><br />sendo assim agradeço <br />seu tempo.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-26817192786151677272010-01-27T09:22:00.000-08:002010-01-27T09:55:14.738-08:00infortunadoProfundos e aflitos olhos,<br />rosto melancólico,<br />um latido fraco<br />falando do perigo,<br />mas sem força pra lutar.<br />Corre com seu pêlo <br />marcado pela dores da vida,<br />pela derrota da disputa<br />que nem queria entrar.<br />Pobre dele, ninguém o vê.<br />Jogado pelos lados.<br />Até se aventura a brincar,<br />mas com quem?<br />a noite chega...<br />sua solidão agrava<br />seu choro transpõe e ele lati,<br />bem baixo pra não chamar o perigo.<br />Ninguém o ouve.<br />Vira a noite, vira a lata, <br />vira tudo, vira nada,<br />não há amigos, não há consolo.<br />Mas ele ainda, <br />faz do latido, poesia.<br />faz do seu pêlo, proteção.<br />faz de si mesmo, um amigo.<br />E ele, o infortunado cão,<br />vive pata a pata chão a chão.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3066981785225532161.post-37926711498466478242010-01-21T12:29:00.000-08:002010-01-21T12:33:15.036-08:00poema vividoParte I - aurora<br /><br /><br />Numa época árida,<br />mergulhado em um mar vasto,<br />entre problemas estendidos<br />e soluções adiadas.<br />Estava, eu, o náufrago, <br />a compor este poema.<br />Tempos oscilantes de<br />um vida complexa e de<br />um mundo em caos.<br />Tremores físicos se chocam<br />aos tremores permanentes<br />da desigualdade mundial<br />e do poder compulsivo.<br />Eu também sofria com eles<br />e com um próprio tremor,<br />o de abalos sentimentais<br />em estruturas de identidade.<br />Havia eu, um jovem, <br />perdido um pouco a ficção <br />de outrora.<br />Era, agora, mais realista e sensato<br />Embora, mais melancólico e frio.<br />Sentia falta da fantasia,<br />porém, me acostumara com<br />o comum rígido humano.<br />A rotina que eu enxertava <br />com surpresas, perdeu o brilho<br />e tornou monotonia, <br />pena tenho disso e de mim mesmo.<br />Um coisa que permaneceu<br />não inabalável foi a esperança<br />e a convicção de fé.<br />Pra que tudo de outrora retorne<br />conservando o bem de agora.defélix,http://www.blogger.com/profile/10977333683280469601noreply@blogger.com3