não tenho nada a dizer

"Quem diz o nada ser ausência está enganado, pra mim o nada é a essência, a conglomeração, é o anular. É como o branco, não é a ausência de cores, mas é são todas elas juntas. O nada é complexo não simples, ele tem forma, sua forma não é contornada, afinal pra que contorno quando se pode ir além. É de dentro e de fora.
O nada é modernista ou até mesmo pós-modernista. Pra ele não há regras, leis ou constituições. Mesmo sabendo que serei incoerente vou ousar ao falar que o nada não é, pois não o que ser pra ele, não há características, não há limitações, não é e pronto.
Ele está por ai, ele é o por aí. Nele não há sentimento ou há todos eles juntos e amontoados numa sincronia mutua. Posso dizer que o nada,sobremodo, é tudo incumbido de uma ar de anarquismo, de uma ausência, de uma descaracterização. Não há nada sem o tudo e vice-versa. O nada é o clímax da junção, como a morte é o clímax da vida."

Nenhum comentário: