meu texto

o meu texo
quando se expõe
torna-se gente
e logo vira cão
vai devorando
minhas idéias
e se despindo
da roupagem
que o coloquei
fica nu e só
ele geme e grita
o leitor o escuta
e o trata com afeto
e o cativa a se expor
eu, de longe, o observo
e o leitor o coloca
uma coleira
logo, ele abana
seu rabo e late
como se dissese
- sou seu.
eu logo abaixo
minha fronte
e me ponho
a chorar
a morte fracionada
de mim mesmo.

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