dez palavras
pairavam em minha mente.
uma delas, pela minha boca,
passou.
duas delas de uma música vieram,
outras duas do nada surgiram,
quatro outras um amigo disse,
uma, acho, eu mesmo pensei.
mas esta que saiu,
não sei como,
nem mesmo quando,
surgiu meio que do nada,
mas, ao mesmo tempo,
me parecia familiar.
nesse mar de palavras,
essa pesquei, embalei,
de improviso,
e saiu,
e nunca mais vai voltar.
vai fazer estrago, talvez,
vai fazer afago, quem sabe,
mas já foi,
e nunca mais vai voltar.
cambaleante, trêmula, indigesta,
mas, acho, honesta.
a palavra, então,
era um simples,
por vezes incompreendido:
não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário