poema vivido

Parte I - aurora


Numa época árida,
mergulhado em um mar vasto,
entre problemas estendidos
e soluções adiadas.
Estava, eu, o náufrago,
a compor este poema.
Tempos oscilantes de
um vida complexa e de
um mundo em caos.
Tremores físicos se chocam
aos tremores permanentes
da desigualdade mundial
e do poder compulsivo.
Eu também sofria com eles
e com um próprio tremor,
o de abalos sentimentais
em estruturas de identidade.
Havia eu, um jovem,
perdido um pouco a ficção
de outrora.
Era, agora, mais realista e sensato
Embora, mais melancólico e frio.
Sentia falta da fantasia,
porém, me acostumara com
o comum rígido humano.
A rotina que eu enxertava
com surpresas, perdeu o brilho
e tornou monotonia,
pena tenho disso e de mim mesmo.
Um coisa que permaneceu
não inabalável foi a esperança
e a convicção de fé.
Pra que tudo de outrora retorne
conservando o bem de agora.

3 comentários:

Ana Aitak disse...

quem merece parabéns por algo é você, pelo que tenho visto aqui. Obrigada pelo carinho e continue espalhando pela internet a sua poesia, nós agradecemos. Bjus

Ligiane disse...

Retribuindo comentário.
Também gostei do seu blog, te achei lá no Skoob e fucei aqui rs. Seus poemas são ótimos.
Ah e pode pegar o "Rotina" sim, fica a vontade! ;)
Bjs.

Eddie disse...

Bom cara, o poema ficou ótimo como sempre. Mas agora não sei se te parabenizo ou lamento essa sua "iniciação melancólica"...Brincadeira,como você sabe, esse é meu estilo favorito rs. E pelo menos você ainda mantém sua fé e esperança, coisas que eu venho tentando recuperar....
Parabéns.