na memória

sob o telhado
sujo, negro, com mato
mato seco,
seco o ar
lembro assim
como uma imagem
de momento, o
momento do
verbo, o primeiro,
o rebento,
nasceu aqui em um
muro de placa
chumbado de cimento
dele veio
de anexo
a paixão literária,
solitária, o amor
ao verbo, ao liberal
anormal

lindo é apaixonar
pelos textos, pela
língua
continuar a sincronia
do amor, do nosso
amor
texto meu, texto seu,
texto exposto,
texto fosco,
vamos juntos
com força
com grito
o som, silencioso
da voz uníssona da
alma solitária.

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